O doleiro Alberto Youssef foi solto na noite desta terça-feira (21) depois de ficar pouco mais de 24 horas preso. Ele havia sido recolhido depois de um mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Eduardo Appio, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba e responsável pelos processos da Operação Lava Jato. A defesa do doleiro recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) com um pedido de habeas corpus. Em um primeiro momento, o desembargador Marcelo Malucelli atendeu ao pedido, mas novamente Appio aplicou um pedido de prisão preventiva com base em novos argumentos.

Em nova apreciação, o desembargador reiterou a decisão de soltar Alberto Youssef e considerou ilegal a prisão decretada pelo juízo federal de Curitiba. Eduardo Appio havia determinado o retorno do delator a prisão por afirmar que o doleiro possui débitos com a Receita Federal, era multireincidente em crimes de colarinho branco, por responder a 28 processos que envolvem esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro. 13 deles estão suspensos por 10 anos em razão de um acordo de delação firmado pelo então juiz Sergio Moro.

Durante a audiência de custódia, o representante do Ministério Público Federal (MPF) argumentou que o pedido de prisão era ilegal e arbitrário, mesmo entendimento do TRF-4. Com a decisão, o doleiro segue fora da prisão.