O Ministério Público alegou impedimento de advogado de defesa do réu acusado de ser o mandante do assassinato de um fiscal de combustíveis em 2017. A sessão de julgamento estava marcada para terça (30) mas acabou sendo suspensa por este motivo.
Segundo o MP, o impedimento se dá porque o advogado não poderia atuar na defesa do réu indicado como mandante já que anteriormente foi contratado por uma testemunha que delatou o suposto mandante do crime. Tal ação configuraria como “patrocínio”, segundo o Código de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil.
O advogado da defesa do réu impedido de atuar, Claudio Dalledone, argumentou que a decisão viola a prerrogativa dos profissionais e disse que vai tomar as medidas possíveis contra a decisão.
A defesa também alegou que houve cerceamento após a decisão do juiz-presidente da sessão. O MP nega e afirmou haver indícios de “patrocínio infiel”, que é quando um advogado atua na defesa de partes em conflito, como é o caso do delator do suposto mandante e deste propriamente, que seria julgado na sessão suspensa.
Também representando a defesa, o advogado Adriano Bretas disse que teve a voz calada.
Já o representante da assistência de acusação da família da vítima, Luis Roberto Zagonel, defendeu o pedido do Ministério Público alegando que a atitude da defesa feriria o código de ética.
Ainda não há confirmação sobre a nova data de julgamento e quem deve constituir a defesa do réu. A CBN Curitiba procurou o Tribunal de Justiça e aguarda retorno.