Após queda dos índices das vacinas que compõem o calendário tradicional de imunizações, o Paraná está reforçando a importância do calendário tradicional de imunização. A doença que mais preocupa neste momento é a poliomielite.

O Estado registrou queda nos números gerais de vacinação, principalmente em crianças e adolescentes, entre 2019 e 2020, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa). Pelo menos dez vacinas sofreram redução, entre elas estão a BCG, que protege contra a tuberculose e a vacina contra a poliomielite. Também chamada de pólio ou paralisia infantil, a doença é contagiosa, causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e em casos graves leva à paralisia dos membros inferiores. Os órgãos de saúde ressaltam que a vacinação é a única forma de prevenir a doença e todas as crianças menores de cinco anos devem ser imunizadas.

Ainda conforme a Saúde, entre as vacinas administradas em crianças que sofreram redução estão a meningocócica, com queda de 92% para 88% na taxa de cobertura desde 2019, e a tríplice viral D1, com diminuição de 91% para 85%.

A queda dos níveis de vacinação reflete o resultado de uma tendência que atinge o Brasil desde 2015, em razão da disseminação de notícias falsas, mas foi acentuada desde o início da pandemia da Covid-19, em 2020, conforme a Secretaria Estadual de Saúde Sesa.

O plano de vacinação engloba crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Desde o nascimento até os 15 meses são oferecidas pelo Estado 24 vacinas, entre primeiras doses e dose reforço. Aos quatro anos a criança deve ser imunizada com o segundo reforço da tríplice bacteriana, poliomielite, além das vacinas contra a varicela e a febre amarela. Já dos 9 aos 19 são mais seis vacinas.