De acordo com o tenente Maurício Dubas do Corpo de Bombeiros, foi feito um panorama durante as buscas para evitar novos acidentes e localizar o operador de retroescavadeira que foi soterrado após um deslizamento em um aterro sanitário de Fazenda Rio Grande na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) no último sábado (25).

O corpo foi encontrado com após um colega de trabalho da vítima relatar que quando o deslizamento começou, o trabalhador correu em direção a uma área de mata.

Durante as buscas, todo material retirado passou por filtros.

A Prefeitura de Fazenda Rio Grande disse, por meio de nota, que presta suas condolências aos familiares e amigos de João Cubis, vítima de uma grande fatalidade enquanto trabalhava.

Já o Instituto Água e Terra (IAT) informou que fiscais estiveram no local do incidente do aterro ESTRE Ambiental neste final de semana para avaliar possíveis danos ambientais causados no lençol freático. O órgão está analisando as amostras para conclusão dos resultados.

Com relação à licença ambiental do local, o IAT informa que a empresa solicitou a renovação, realizada a cada dois anos, conforme exigência do órgão ambiental. Ao pedido da empresa, o IAT solicitou complementação e apresentação do laudo geotécnico dessa área.

Também por meio de nota, a empresa A Estre informou à CBN Curitia que recebeu a notícia com imensa tristeza, dado que a equipe é um de seus patrimônios inegociáveis e base de sustentação do negócio, e estende e compartilha as suas condolências aos familiares e amigos do profissional, a quem continuará prestando a assistência necessária.

Segundo a empresa, no monitoramento geotécnico foi detectado um ponto de atenção, tendo a área do deslocamento sido isolada para obra de reforço estrutural, conduzida com o apoio de empresas contratadas, não havendo qualquer operação de aterramento de resíduos na área no momento dessa ocorrência.

Um laudo preliminar elaborado pela perícia externa, contendo um primeiro diagnóstico geotécnico do ocorrido, indicou como provável causa a conjunção de três fatores: chuvas intensas e acima do padrão observadas em junho; o acúmulo de gases pela contração e umidificação das coberturas das camadas superiores; e recalque diferencial (afundamento) por aumento de peso dos resíduos devido ao fluxo de água no interior do maciço.

A empresa destaca que, segundo o mesmo laudo, os dispositivos de registro, medição, monitoramento, alerta e reporte sobre a estrutura do aterro estavam funcionando dentro dos parâmetros recomendados pelos órgãos competentes. O laudo também confirma a condição de segurança da face leste do aterro, no lado oposto ao sinistro, onde encontra-se a atual frente de operações.