Iniciada em 2019, a duplicação da PR-092, conhecida como a Rodovia dos Minérios, não tem prazo para ser finalizada. O projeto inicial desta importante ligação entre as cidades de Curitiba, Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul previa a execução dos trabalhos em 24 meses.
Porém, cinco anos após o início e passados problemas com empreiteiras licitadas, embargos ambientais e pedidos de aditivos contratuais, quem utiliza o trecho segue sofrendo com os transtornos causados pela obra inacabada.
A reportagem da rádio CBN Curitiba esteve no trecho onde poucas máquinas e trabalhadores foram vistos executando a duplicação.
Osli Almeida é motorista de caminhão e pelo menos uma vez por mês tem que acessar a rodovia para buscar óleo nas empresas. Ele relata que a demora para a conclusão dos trabalhos é grande.
O investimento na obra atualmente é de R$111 milhões, inicialmente a projeção do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) era de que R$90 milhões fossem gastos no trecho.
Em nota, o DER informou que até janeiro, “foram executados 78% dos serviços previstos para a obra, que incluem novas pontes, viadutos, pista central dupla em concreto, vias marginais em pavimento asfáltico e uma passarela”.
Por não existir prazo para conclusão, Matheus Machado, que trabalha na região como analista de logística, conta que precisa desviar a rota para não ficar horas parado nos congestionamentos ou enfrentar os buracos que se formam na pista.
SAIBA MAIS:
Por dia mais de mil caminhões devem passar pelo trecho, o que contribui para a poeira, formação de buracos em trechos ainda não pavimentados e também para a necessidade de que os trabalhos sejam enfim concluídos. Isso é o que afirma Felipe Buba, gerente de logística de cargas, que despacha diariamente dezenas de caminhoneiros para levar produtos como calcário, fertilizante e cimento.
De acordo com o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, as obras enfrentam muitos entraves judiciais, o que atrasa a conclusão dos trabalhos.
Ainda conforme a nota do DER, há “tratativas com a empreiteira visando realizar ajustes necessários ao contrato para retomar os serviços e concluir a obra, estando previsto o início da remobilização para fevereiro”.
O órgão esclareceu que os poucos funcionários e maquinário trabalhando representam apenas a manutenção de “serviços de sinalização e segurança nos trechos em obra, para garantir a trafegabilidade na rodovia durante este período sem grandes intervenções”.