De acordo com previsão da Arteris Litoral Sul, o km 669 da BR-376 terá mais uma faixa, a terceira, liberada no sentido Norte, em direção a Curitiba, no fim de setembro. Já no sentido contrário, a terceira faixa que fica na encosta do morro, sentido Santa Catarina, a liberação está prevista somente para 2024.

Há cerca de três semanas, a previsão para liberar o sentido Norte era 1º de setembro, como havia informado com exclusividade à rádio CBN Curitiba, o gerente de operações da Arteris Litoral Sul, José Cássio Junior.

Essa demora para liberar totalmente o fluxo de veículos atinge o setor de transportes do Estado. Segundo Sérgio Malucelli, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), o setor contabilizou perda de milhões de reais com tantos dias de interdição da rodovia.

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Deslizamento de terra na BR-376, na Serra do Mar, em 2022. Foto: Albari Rosa/AEN

Segundo a concessionária, obras em rodovias podem atrasar por diversos motivos, como, por exemplo, condições climáticas, que é uma das causas mais comuns de alteração de data. Portanto, não é possível fixar um dia exato. Além disso, também houve mudança no projeto com o aumento do escopo inicial. Conforme a Arteris Litoral Sul, a contenção deve ser concluída até o feriado de Sete de Setembro e em seguida começa a pavimentação da pista.

A concessionária ressaltou que em todas as obras sempre coloca a observação que a programação pode ser alterada.

Relembre o caso

O deslizamento de terra que deixou o km 669 da BR-376 totalmente interditado por 10 dias ocorreu há quase nove meses, em 28 de novembro de 2022. Durante esse período de interdição, a rodovia passou por trabalhos de limpeza e reconstrução, que causaram reflexos no trânsito por vários meses.

O desmoronamento causou a morte de duas pessoas e a destruição de parte da rodovia com a queda da encosta. Além disso, seis pessoas ficaram feridas e outras seis, segundo as autoridades, escaparam do local sem ferimentos.

Ao todo, foram retirados cinco caminhões e três carros do local.

Em determinados momentos, mais de cem pessoas trabalharam no local do deslizamento, tanto para o resgate de vítimas quanto para a retirada de terra da rodovia.