O ano de 2026 será marcado pela transição para a nova concessão do transporte coletivo de Curitiba. As informações foram divulgadas pela URBS, após a confirmação de que o edital da nova concessão deve acontecer no mês de setembro deste ano, seguido pelo leilão no mês de dezembro.
Segundo o presidente da URBS, Ogeny Pedro Maia Neto, haverá um período de transição de 16 meses a partir da publicação do edital, para que os novos operadores se preparem para a entrada em vigor do novo contrato, segundo a Prefeitura de Curitiba. O objetivo é manter o transporte funcionamento sem interrupções enquanto há uma nova adaptação.
Durante essa fase de transição, o atual contrato seguirá em vigor. A atual concessão poderia ser prorrogada por mais 10 anos, mas o presidente também explicou que o município já estuda há mais de 2 anos uma nova modelagem que traga modernidades ao atual sistema de transporte, bem como correção de falhas.
O novo modelo prevê a modernização do sistema, a reestruturação dos serviços da Rede Integrada de Transporte (RIT) e a transição para uma frota mais sustentável, com a ampliação do uso de ônibus elétricos. Uma das mudanças previstas será uma maior flexibilidade na escolha dos horários e das linhas pelos usuários.
Também estão previstas novas ferramentas de gestão de embarques e desembarques e a modernização do controle de acesso a terminais e estações-tubo.
O novo contrato também tem como meta reduzir a emissão de gases do efeito estufa. A previsão é que 33% da frota seja composta por ônibus de emissão zero até 2030, chegando a 100% em 2050.
Desta forma, a tendência é de que aumente o percentual de ônibus elétricos rodando no município, com a aquisição de novos veículos nos próximos cinco anos e a implantação de infraestrutura de recarga para garantir o funcionamento ininterrupto do sistema, segundo a Prefeitura de Curitiba.
Mas o presidente da URBS esclareceu que outras tecnologias para um transporte mais limpo não são descartadas.
Com relação aos impactos para a população, uma dúvida que deve surgir é com relação ao valor da tarifa do transporte para os próximos anos. Ao assumir a gestão municipal no início do ano, o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, ressaltou os principais projetos previstos para Curitiba e disse que um dos objetivos da nova concessão seria reduzir, de forma responsável e sustentável a tarifa, atualmente em R$ 6.
No entanto, ainda não há perspectiva sobre mudanças com relação aos valores. Ogeny Pedro Maia Neto explicou que as tarifas são definidas pela própria gestão municipal.
Ainda com relação ao processo de nova concessão, um extrato do projeto com detalhes sobre investimentos, cronograma e a situação atual do sistema será enviado ao Tribunal de Contas do Estado 120 dias antes do lançamento do edital.
Segundo o TCE, o processo busca estabelecer o diálogo aberto para trabalhar de forma concomitante e dar fluidez aos processos de interesse público.








