O avião monomotor que caiu durante o último fim de semana em Doutor Ulysses, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), estava voando com a documentação vencida, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A entidade reguladora do setor aéreo informou que o certificado de verificação de aeronavegabilidade venceu em agosto deste ano.

Esse documento é produzido para atestar as condições de aeronavegabilidade do avião, com inspeções de equipamentos e componentes e tem validade entre 15 e 6 anos, conforme a fabricação do monomotor.

A ANAC pontuou que mesmo com cerca de um mês do vencimento do certificado, ainda assim a aeronave não poderia estar realizando voos. A instituição revelou ainda que não há registros de uma solicitação de renovação do documento.

O avião monomotor caiu em uma região de vale na cidade de Doutor Ulysses e foi encontrado na segunda-feira (18) por moradores. De acordo com o Corpo de Bombeiros, fazendeiros viram o avião “voando baixo” sobre a área e logo em seguida ouviram um estrondo. Os dois tripulantes morreram. Eles foram identificados como Carlos Roberto Francisconi, de 69 anos, e Cristiano Cloda, de 48 anos. O avião de pequeno porte desapareceu durante a rota entre as cidades de Siqueira Campos, no Norte Pioneiro, e Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba.

A Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou que vai investigar as causas do acidente com o avião de pequeno porte. As análises serão feitas por investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).