Os testes para identificação da contaminação pelo novo coronavírus têm sido uma das principais preocupações da população e de autoridades de saúde. A procura aumentou após o surto de casos da variante Ômicron. Os testes são encontrados em postos de saúde em todo o Paraná, mas com um número limitado. Por isso, muita gente busca a rede particular de farmácias e laboratórios, que tem suportado a alta demanda.

O médico Moacir Pires Ramos, infectologista e epidemiologista, explica que os exames responsáveis pela detecção dos casos de Covid-19 possuem uma diferença em comparação com o autoteste, que vem sendo estudado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como alternativa para a alta procura.

Em nota, a Anvisa informou que, “até o momento, não existe nenhum produto aprovado como autoteste, ou seja, para uso por usuários leigos”. O motivo, como explica o infectologista seria a falta de capacitação e complexidade da coleta do material para realizar a testagem em casa.

Desta forma o resultado dos autoteste ainda é visto com desconfiança pelos profissionais da saúde e, se liberado, poderá ser utilizado conforme outros países, em processos de triagem e não como diagnóstico, como é feito no Brasil com os exames de farmácia e laboratório.

Luciano Gamero Alves de Souza, médico-líder do Pronto Socorro do Hospital Santa Cruz, aponta que outra questão é de controle da contaminação, já que as notificações e também o resultado podem influenciar nas medidas adotadas pelo poder público.