Representantes do agronegócio do Paraná foram até Brasília para reclamar da demora nas aduanas brasileiras na importação de milho paraguaio. O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná, o Sindiavipar, questiona a demora nos postos de fronteira entre Brasil e Paraguai e pede que haja agilidade no posto entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este.

No ano passado, o Paraná importou 52% de todas as compras de milho feitas pelo Brasil em 2021. O principal motivo foram as perdas provocadas por seca e geadas.

Segundo o presidente do Sindiavipar, Irineo da Costa Rodrigues, um dos problemas é que, mesmo com a expectativa de uma boa produção, o estoque do milho no Brasil atualmente está baixo e não é suficiente para o Paraná.

Segundo o setor, o milho importado do Paraguai é mais barato que o de outros lugares, o que possibilita que o setor avícola, principal consumidor do grão, possa diminuir os custos de produção.

O Sindiavipar considera que a demora na aduana reduz a competitividade do Brasil no médio prazo e pode levar o produtor paraguaio a exportar para outros países.

O Paraná é o maior produtor e exportador nacional de carne de frango, responde por mais de 35% da produção e mais de 40% das exportações de carne de frango do País, embarcando o produto para mais de 120 países em todo o mundo e o milho é um dos principais insumos usados na produção.

O setor agropecuário do Paraná foi a Brasília na semana passada. O Ministério da Agricultura disse que vai acompanhar de perto o fluxo de mercadorias na fronteira.