Agentes dos sistemas de Justiça e Segurança Pública do Paraná agora vão ter uma formação permanente em direitos humanos. A ideia é incluir as temáticas relacionadas aos direitos humanos como conteúdos obrigatórios e complementares nas matrizes curriculares de todos os cursos de formação e nas atividades curriculares, tanto dos órgãos de Justiça, como nos de Segurança Pública.
Também deverão ser promovidos programas de formação continuada e campanhas e atividades para a sensibilização dos profissionais com foco no respeito e na promoção dos direitos humanos, com o objetivo de disseminar os valores solidários, cooperativos e de justiça social e consolidar uma cultura antidiscriminatória no Estado.
A iniciativa conta com a adesão do Governo do Estado e de outros órgãos, incluindo o Tribunal de Justiça do Paraná, Ministério Público, Defensoria Pública, secção paranaense Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, Secretaria de Estado da Segurança Pública e seus órgãos vinculados: as polícias Militar, Civil, Penal e Científica e o Corpo de Bombeiros.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quinta-feira (14) o termo que formaliza a criação do Plano de Educação em Direitos Humanos do Sistema de Justiça e Segurança Pública do Estado do Paraná. A assinatura ocorreu durante a celebração do Dia Nacional do Ministério Público, na sede do Ministério Público do Paraná (MPPR).
Governador Carlos Massa Ratinho Jr assinou documento no dia nacional do ministério público. Foto: Ari Dias/AEN
Durante o evento, também foram firmados dois termos de cooperação entre o MPPR e a Secretaria de Segurança Pública para facilitar a troca de informações, em especial as relacionadas ao Sistema de Investigação Policial, e a cooperação operacional nas atividades de inteligência e investigação.
O primeiro documento prevê que a Secretaria de Segurança disponibilize ao MPPR as chaves de acesso do seu Sistema de Investigação Policial, que contém a base de dados das forças de segurança policial. O objetivo é facilitar a troca de informações entre as instituições para agilizar os processos de investigação.
O sistema congrega informações como identificação civil, de veículos, anotações criminais, mandados de prisão, histórico de movimentação de presos e boletins de ocorrência. Com a parceria, os membros do Ministério Público poderão utilizar a base de dados para consultar outras anotações e ocorrências.
O segundo termo busca a cooperação em ações de cunho operacional, de inteligência, de investigação e de capacitação profissional para identificar, prevenir ou repreender criminalidade, especialmente os atos praticados por organizações criminosas.
Com esse termo, o Estado do Paraná poderá designar servidores civis e militares das forças de segurança para atuarem nas áreas de inteligência do Ministério Púbico, promovendo uma atuação articulada para o combate à criminalidade. A SESP também poderá disponibilizar armamentos, munições, equipamentos e treinamentos aos servidores designados para essa atividade e também ministrar cursos para servidores e membros do Ministério Público.
*Com informações da AEN.