A defesa de Renato Freitas (PT) contestou a realização da primeira sessão, que terminou com a maioria absoluta dos parlamentares favoráveis à cassação do vereador e informou que vai entrar com ação na Justiça para anular a votação. Guilherme Gonçalves também explicou o motivo da ausência de Freitas e do advogado no plenário.

A Defesa entende que prazos não foram respeitados.

Para definir o processo de cassação está marcada uma segunda sessão para esta quarta-feira (22), a partir das 15h30.  Se nessa sessão não for atingido o mínimo de 20 votos favoráveis pela perda do mandato, cumprindo o requisito da maioria absoluta, o caso será arquivado.

A primeira votação terminou com 25 votos favoráveis à cassação de Renato Freitas  e 7 contrários dos vereadores: Dalton Borba e Marcos Vieira (PDT), Carol Dartora e Professora Josete (PT), Herivelto Oliveira (Cidadania), Maria Letícia (PV) e Mestre Pop (PSD).

Entre os parlamentares que votaram a favor da cassação, Amália Tortato (Novo) avalia que o fato não está baseado em questões raciais e sim em análise técnica a partir da Constituição Federal.

Já a vereadora Professora Josete (PT) entende que Renato Freitas nunca foi bem aceito na Câmara Municipal.

O processo de cassação do mandato de Renato Freitas aconteceu depois que o vereador teria liderado uma manifestação contra o racismo, no dia 5 de fevereiro deste ano, que terminou com a entrada dos manifestantes na igreja Nossa Senhora do Rosário de São Benedito, no Centro Histórico da Capital.

Em março, a Arquidiocese de Curitiba se manifestou em favor de medida disciplinadora proporcional ao incidente, mas sugeriu que fossem evitadas motivações politizadas e, inclusive, que não fosse adotada a punição máxima, de cassação do mandato de Freitas.

A CBN entrou em contato com a Câmara Municipal de Curitiba sobre as alegações de ilegalidades em relação aos prazos para a realização da sessão que aconteceu na terça-feira (21), mas ainda não teve retorno.