A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) informou que o estado registrou o primeiro caso de gripe aviária (H5N1) neste ano. A ocorrência foi divulgada por meio de uma nota técnica publicada neste sábado (24). A detecção foi em uma ave silvestre na cidade de Antonina, no litoral do estado.

O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP) processou as amostras coletadas pela agência. O diagnóstico foi confirmado nesta sexta-feira (23). A Adapar informou que o animal infectado é da espécie Trinta-Réis-Real, ou de nome científico Thalesseus maximus, e foi contaminado por um agente de alta patogenicidade.

A agência disse ainda que a ocorrência da influenza aviária em aves silvestres não compromete a condição sanitária do Paraná e do país como livres de doenças do tipo de alta patogenicidade e que, por isso, não deverá haver restrições ao comércio internacional de produtos avícolas paranaenses.

Não foram registradas em qualquer propriedade em um raio de 10 quilômetros qualquer produção avícola comercial de grande expressão que pudesse sofrer risco por conta da doença. Por outro lado, as ações de vigilância em aves domésticas foram intensificadas, para evitar qualquer problema maior.

Até o momento, gripe aviária foi identificada em aves silvestres no: Espírito Santo, com 26 focos, Rio de Janeiro, com 13 registros, Rio Grande do Sul, com um foco, São Paulo, com três ocorrências, Bahia, com dois focos e Paraná, com um registros. Ao todo, o Brasil tem 46 ocorrências. Outras investigações acontecem no Paraná e em outros estados, e os números podem aumentar.

Em caso de suspeita, é preciso que o produtor rural comunique a Adapar de maneira imediata. Os sintomas indicados são alterações nervosas nos animais e no sistema digestório ou respiratório. A comunicação pode ser realizada no site adapar.pr.gov.br. Outra orientação é que nenhuma pessoa manipule aves silvestres mortas ou com sinais da doença.