Dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras apontam que 70% dos acidentes com fogos de artifício resultam em queimaduras. No entanto, há desfechos mais graves, já que em 20% dos casos podem ocorrer lesões, como lacerações ou cortes, e em 10% das ocorrências podem levar a amputações de dedos e também da mão. Também são constatadas lesões de córnea ou perda da visão, além de lesões auditivas ou perda da audição.

A ortopedista e cirurgiã da mão, Giana Giostri, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, falou sobre a preocupação em fazer companhas e orientar as pessoas sobre os perigos de soltar fogos.

Também há o tempo de reabilitação para voltas às atividades normais, que pode variar de acordo com a extensão e a gravidade da lesão na mão, além dos casos que levam à incapacidade, pois pode ocorrer a amputação de dedos e até mesmo de toda a mão.

O especialista em suporte bilíngue e músico, Caio Alexandre Nogueira, foi atingido por um sinalizador, em 2012, e teve algumas queimaduras que deixaram cicatrizes no corpo. O trauma fez com que ele nunca mais soltasse fogos e também desaconselha quem quer soltar.

Segundo o Ministério da Saúde, de 2019 a 2022 o SUS registrou mais de 1.500 internações por ferimentos causados por fogos de artifício, média de um caso por dia. Dados preliminares, de janeiro a setembro deste ano, contabilizaram 266 internações com o mesmo perfil.