Usuários do ferry boat, na travessia entre Matinhos e Guaratuba, no litoral do estado, mais uma vez, ficaram assustados. Na noite deste domingo (27), duas embarcações colidiram e danificaram veículos que estavam sendo transportados.

A moradora de Paranaguá, Helen Cristina Siqueira, estava na embarcação que foi atingida. Ela relata que a balsa que saiu de Matinhos estava mais rápida que o normal e acabou causando a colisão.

Em um vídeo que ela publicou nas redes sociais, disse que vários carros ficaram danificados com a batida, inclusive o dela.

Esse foi apenas mais um dos vários incidentes envolvendo as embarcações de travessia da baía de Guaratuba. Desde o ano passado foram várias situações como balsas à deriva, falta de combustível, filas demoradas e um dos atracadouros que desabou.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) cancelou o contrato com a empresa vencedora da licitação e fez uma contratação emergencial para a prestação do serviço, pelo menos, por seis meses.

No entanto, os problemas continuam acontecendo e, mais do que isso, o usuário que paga pela travessia é o mais prejudicado.

Segundo o advogado, pós-doutor e especialista em licitações e compliance, Rodrigo Pironti, pode existir o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato. Para ele, essa pode ter sido a motivação para que tanto a empresa vencedora da licitação, quanto a que atua de forma emergencial, não consigam sanar os problemas das embarcações.

Por meio de nota, a empresa Internacional Marítima, responsável pelo ferry boat, informou que não houve avarias nas embarcações e, pela inércia, alguns veículos se movimentaram e sofreram danos.

A empresa disse ainda que todos os protocolos de emergência e segurança foram, imediatamente, tomados e não houve registro de nenhuma vítima.

A nota diz ainda que as providências de assistência às pessoas que tiveram seus veículos avariados já estão sendo tomadas e que este caso é pontual.

Também por meio de nota, o DER/PR disse que estão sendo avaliadas possíveis avarias em seis veículos que estavam sendo transportados, com qualquer prejuízo sendo ressarcido pela empresa que opera a travessia.

O DER/PR disse ainda que solicitou esclarecimentos à empresa quanto ao ocorrido, e abrirá processo administrativo para apuração das responsabilidades e aplicação das medidas cabíveis.

A Marinha do Brasil também informou que abrirá inquérito de responsabilidade dos mestres das embarcações.