Caio José Ferreira de Souza Lemes, de 17 anos, estava com as mãos na cabeça quando o disparo, feito por um Guarda Municipal de Curitiba, o atingiu. O laudo de exame de local de morte, que analisa tudo que há no corpo de delito, saiu nesta terça-feira (25). O tiro pegou uma das mãos, além da cabeça.

O adolescente teria sido abordado em patrulhamento preventivo, após uma denúncia de suspeita de tráfico de drogas. O caso foi registrado na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) no fim de março deste ano.

O advogado da família de Caio, André Romero, afirma que o resultado comprova a ação de ataque, feita pelos guardas.

 

Há ainda um laudo que deve sair sobre as câmeras do fardamento utilizado no dia da ocorrência. Há um pedido para que o Instituto de Criminalística verifique possibilidade de manipulação.

A sindicância que investiga a morte do adolescente foi concluída pela Corregedoria da Guarda Municipal de Curitiba. A apuração apontou indícios de irregularidades. Segundo a Prefeitura da capital, o caso foi encaminhado para a Comissão de Processo Disciplinar para instauração de processo contra os servidores envolvidos. Os três guardas municipais seguem afastados.

André Romero afirma que a expectativa da família é de que os guardas envolvidos sejam demitidos.

No boletim de ocorrência consta que o garoto teria reagido à abordagem e correu. Há também a informação de que ele estaria armado com uma faca. Mas, no depoimento de um dos guardas envolvidos, a informação foi desmentida.