A cassação do deputado estadual Fernando Francischini, do PSL, está causando um efeito cascata na Assembleia Legislativa do Paraná. A decisão do Tribunal Superior Eleitoral afeta diretamente o número de cadeiras ocupadas pelo parlamentar, por causa do coeficiente eleitoral.

Recordista de votos, Francischini foi responsável por puxar outros três parlamentares do mesmo partido para os cargos. Por causa disso, agora na saída, também leva com ele os mandatos de Cassiano Caron, Emerson Bacil e Do Carmo.

No lugar deles, entram os já experientes Elio Rusch, do DEM, Nereu Moura, do MDB, e Adelino Ribeiro, do PRB, além do estreante Pedro Paulo Bazana, do PV.

Na análise de Bruno Bolognese, cientista político da Universidade Federal do Paraná, os nomes mudaram, mas a bancada governista continua com a maioria.

Na esfera municipal, no entanto, o reflexo deve ser maior. Representante assumido do presidente Jair Bolsonaro, sem partido, Francischini agrega votos da extrema direita. E nesse caso, segundo Bruno Bolognese, as eleições para a Prefeitura de Curitiba, serão afetadas.

Outro aspecto lembrado pelo cientista político da Universidade Federal do Paraná vai além da mudança de nomes. Bruno alerta para o fato da influência das decisões judiciais na política brasileira.

Vale lembrar que Fernando Francischini, apesar de ter entrado recentemente na vida política, já garantiu um legado familiar. Pai do ex-deputado estadual e atual deputado federal Felipe Francischini, que preside a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Fernando é marido da vereadora de Curitiba para o primeiro mandato, Flávia Francischini.