De 1760 a 1830, o mundo viu a substituição da produção artesanal pela produção industrial, com a introdução de máquinas, novos produtos químicos, evolução na fabricação de ferro, a estrada de ferro, o trem de ferro, o navio a vapor etc.
A Revolução Industrial gerou crescimento sem precedente na produção por habitante e na renda média, o que permitiu à humanidade sonhar com a saída do estado natural de pobreza, que era o normal no mundo.
Acompanhe aqui a coluna na íntegra:
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Até então, a vida humana era uma luta sofrida para atender as três necessidades mais simples: o alimento, o abrigo e o repouso. As possibilidades geradas pela explosão produtiva iniciada com a Revolução Industrial foram tão grandiosas que muitos começaram a exigir redução do sofrimento humano.
O filósofo escocês Thomas Carlyle, viveu nos anos difíceis de 1795 a 1881. Ele viveu 86 anos, uma raridade para aquela época, tempo suficiente para assistir a passagem da vida rural pobre para a explosão de produtividade provocada pela Revolução Industrial.
Vendo as transformações mundiais, Carlyle resolveu estudar economia na tentativa de entender o funcionamento do sistema produtivo e as possibilidades de bem-estar social.
Ao ver as dificuldades e a necessidade de trabalho duro e estudo para o progresso científico e tecnológico como meio de tirar a humanidade da pobreza, Carlyle declarou: “a economia é uma ciência melancólica”.
No Brasil, é grande a lista de políticos e autoridades públicas, geralmente leigos em economia, que acreditam ser possível criar a felicidade de todos apenas tirando dos que trabalham e produzem e dando aos pobres e desprovidos.
Ora, sem aumento da produção média por habitante, não há milagre capaz de reduzir a pobreza média da população. Até Karl Marx reconheceu isso em sua obra A Ideologia Alemã, na qual ele diz:
“Enquanto não houver aumento da produtividade capaz de gerar abundância, a luta pela redistribuição será apenas uma disputa pela die alte scheisse (a velha m…)”.
O problema dos marxistas brasileiros é que, em sua maioria, eles não estudam nem mesmo Karl Marx. Pense nisso!








