O levantamento da Secretaria da Saúde sobre a Situação Alimentar e Nutricional do Paraná chamou atenção pelo consumo de alimentos pobres em nutrientes e ricos em açúcar por grande parte da população paranaense, inclusive, por crianças menores de dois anos.

Em 2022, o consumo de alimentos ultraprocessados foi identificado em 53% das crianças menores de dois anos e ultrapassou 75% em todas as demais faixas etárias analisadas. A maior parte dos consumidores está entre crianças e adolescentes, que representam 89%. A nutricionista Marilia Keldha dá exemplos de alimentos que têm feito parte da dieta das pessoas, mas que trazem consequências graves.

A pesquisa da Secretaria de Saúde também apontou que o consumo de bebidas adoçadas foi registrado em todas as faixas etárias. Das crianças menores de dois anos, 34% já haviam consumido bebidas adoçadas. Nas demais faixas etárias, o consumo é menor em idosos, mas ainda assim bastante significativo, com cerca de 53% deles ingerindo algum líquido rico em açúcar. Entre crianças, adolescentes, adultos e gestantes o percentual varia de 67% a 75%.
Segundo Marília, há um impacto no desenvolvimento das crianças e, na vida adulta, gera problemas tanto de saúde física quanto mental.

O reflexo dessa alimentação desequilibrada, identificado pelos pesquisadores, é o excesso de peso. Na somatória de sobrepeso e obesidade 52,87% da população paranaense estava nestas condições em 2022.
A maior proporção de excesso de peso foi identificada na população adulta, com 69%, sendo 35% deles com obesidade. Além disso, mais da metade da população de idosos e de gestantes avaliados também apresentaram excesso de peso. Entre os adolescentes eram 38% nesta condição.

Além da alimentação, para complementar o cuidado com a saúde é preciso praticar atividade física regularmente, auxiliando na absorção dos nutrientes da alimentação e na eliminação de toxinas criadas pelo próprio processo de digestão.