Números divulgados pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) apontam que o contrabando representou 60% do mercado de cigarros no Paraná no ano passado. O índice é 6% inferior ao registrado em 2020. O estado é o segundo do Brasil com a maior taxa, atrás apenas do Mato Grosso do Sul, que tem 84% dos cigarros contrabandeados.

Segundo Edson Vismona, presidente do fórum, em entrevista à CBN, o fato de o Paraná e de o Mato Grosso do Sul serem estados de fronteira aumenta a quantidade de registros de contrabando. Porém, ele diz que o trabalho de combate à pirataria por parte da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Receita Federal são primordiais para coibir a ação dos criminosos.

Para Edson, a redução no índice de cigarros contrabandeados no Paraná aconteceu diante da alta do dólar e do cenário da pandemia de Covid-19. Os dois fatores fizeram com que o custo do produto ilegal subisse, diminuindo a competitivdade dele diante do cigarro produzido de maneira legal. Porém, ele ressalta que o contrabando segue causando grandes danos ao país por conta da sonegação de impostos.

O presidente do fórum diz ainda que o cigarro é o item mais contrabandeado no país. Boa parte do produto vem do Paraguai e das Guianas, além dos cigarros produzidos dentro do Brasil, de maneira clandestina, e sem pagamento de imposto. Ele conta sobre o tamanho do prejuízo que o contrabando tem causado para quem comercializa de maneira legal e para o governo.

Em 2021, o prejuízo causado pelo mercado ilegal no Brasil chegou a R$ 300 bilhões. A pesquisa mostra ainda que, nos últimos sete anos, as perdas causadas pelo contrabando triplicaram. No ano passado, o cigarro causou perdas de R$ 13 bilhões. O representante do fórum explica por que as pessoas não devem comprar produtos contrabandeados.

Por: Bruno de Oliveira