Quase 50% das pessoas que tomaram as duas primeiras doses da vacina contra a Covid-19 no Paraná não foram tomar a dose de reforço.

Os dados são da Secretaria de Saúde e mostram que do universo de pouco mais de 8 milhões e 200 mil pessoas aptas a tomar a dose de reforço somente 3 milhões e 800 mil efetivamente se vacinaram.

Os mais jovens são os que menos buscaram a terceira dose. Do público entre 20 a 24 anos somente 21% tomou a terceira. Na outra ponta, 81% dos que tem entre 65 e 74 tomaram a dose de reforço.

Dos faltosos, pouco mais de 39% correspondem àqueles que receberam o esquema primário com doses da AstraZeneca, pouco mais de 34% com Pfizer, 22% com CoronaVac e 3,44% com Janssen.

Os dados são da Interface de Programação de Aplicações (API) de Consumo de Dados contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e segundo a Secretaria de Saúde são mais fieis do que o Vacinômetro nacional porque refletem um cruzamento de CPFs, impedindo eventual duplicidade ou atraso na notificação.

Segundo o secretário da Saúde, Beto Preto, em um cenário de flexibilização do uso de máscaras, a vacina é a principal estratégia de prevenção de saúde público para combater a pandemia.

A dose de reforço é para aqueles que já completaram o esquema primário e têm mais de 18 anos, além de gestantes e imunossuprimidos. O intervalo deve ser de quatro meses entre as doses da CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer. Para quem tomou a dose única da Janssen, o Ministério da Saúde recomenda um intervalo de dois meses com o mesmo imunizante.

Dentre os municípios, Altamira do Paraná, Guarapuava, Boa Vista da Aparecida e Jundiaí do Sul registraram o maior número de faltosos para a dose de reforço, todos com mais de 70% de ausência da população. Em Curitiba, a taxa é de 45,26%. Ponta Grossa também tem 45% de ausentes, Cascavel 41%, e Maringá 40%.