Equipes da Polícia Militar se envolveram em confrontos durante a madrugada desta quinta-feira (11), em Curitiba, e 8 pessoas morreram. As situações registradas pela PM aconteceram em dois bairros distintos da capital paranaense.

Um trabalho conjunto entre o setor de Inteligência da Polícia Militar e do Departamento Penitenciário (Depen) fez com que a polícia interceptasse a ação de um mesmo grupo nos bairros Caximba, na região Sul de Curitiba, e também no Cajuru, na região Leste.

As abordagens dos policiais da Rone terminaram em confronto e deixaram oito mortos. Segundo o Comandante da Rone, Major Alves, foram repassadas informações sobre a ação de integrantes de uma facção criminosa.

De acordo com a Polícia Militar, a informação recebida era a de uma situação ligada ao chamado “Tribunal do Crime”, e que o ex-integrante de uma facção criminosa seria executado por ingressar em um grupo rival.

Um confronto terminou com a morte de seis pessoas no bairro Cajuru. Em outra ação da polícia, uma equipe da Rone também se envolveu em um confronto no bairro Caximba. Nesse confronto mais 2 pessoas morreram, conforme informações divulgadas pela Polícia Militar.

Para o comandante da Rone, a intenção era prender os suspeitos e assim chegar aos outros integrantes que estariam em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O comando da Rone informou que apreendeu armas, drogas e veículos.

O procurador de Justiça do Ministério Púbico do Paraná (MPPR), Leonir Batisti, que coordena o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), falou sobre o trabalho que é feito quando acontecem confrontos com policiais.

Segundo o coordenador do Gaeco, somente nos seis primeiros meses deste ano, já foram registrados, em todo o Paraná, cerca de 250 mortes de pessoas que entraram em confronto com a Polícia Militar.

Até o momento, os nomes das pessoas que morreram nos dois confrontos não foram divulgados. Conforme a polícia, os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba e o caso vai ser investigado pela Polícia Civil do Paraná.