Dos 1.196 presos que receberam a autorização da Justiça para passar as festas de fim de ano com as famílias, 1.046 retornaram às penitenciárias nas datas previstas, de acordo com o Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen).
O benefício das saídas temporárias é concedido anualmente pelo judiciário a presos que cumprem pena em regime semiaberto.
O último grupo retornou no dia 10 de janeiro conforme a previsão, que determinava horários e locais. A ação ocorreu em Curitiba, Maringá, Londrina e Ponta Grossa.
Segundo o Deppen, os presos que não retornam no prazo passam a ser considerados foragidos e podem regredir de regime. O departamento explica que a evasão de alguns presos é considerada normal e dentro da média anual registrada nos últimos anos em todo o país.
Em Curitiba, 611 presos que cumprem pena na Colônia Penal Agroindustrial (CPAI), em Piraquara, na região metropolitana, foram beneficiados com a saída temporária.
Divididos em três grupos, as saídas ocorreram no dia 22, 24 e 28 de dezembro. O retorno estava previsto para datas distintas, sendo que o último grupo precisaria voltar até 10 de janeiro. Houve o retorno de 493 presos, ou seja, 118 presos ficaram evadidos.
Na região de Ponta Grossa, 63 presos custodiados na unidade da Lapa saíram temporariamente em dois grupos, nos dias 22 e 29 de dezembro. Apenas três não retornaram. O retorno estava previsto para os dias 29 de dezembro e 5 de janeiro.
O advogado, mestre e doutor em Direito Processual Penal pela UFPR, Bruno Milanez observa que, diferente dos indultos, as saídas temporárias funcionam como um mecanismo de recompensas e de aferição do senso de responsabilidade e disciplina do detento.
Segundo o Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen), os detentos beneficiados com a saída temporária se encontram em processo de ressocialização, ou seja, eles já saem periodicamente para visitas familiares.