Dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia apontam que cerca de 140 milhões de brasileiros sofrem com dores de cabeça. Esse número representa mais de 50% da população brasileira, que atualmente é de quase 213 milhões de pessoas, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça, pode ser de causa primária ou secundária. A causa primária identifica o sintoma e a enfermidade. Já as causas secundárias são relacionadas a outras doenças, como sinusites, tumores cerebrais, meningite, aneurismas, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e também relacionados a possíveis problemas na visão, como erros de graus nos óculos, inflamações ou infecções oculares.

A enxaqueca geralmente é de leve intensidade e atinge a região frontal da cabeça, geralmente a parte da testa, nos casos da falta de correção no grau dos óculos. Como explicou o oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná, Luiz Osowski.

Entre os problemas de visão mais comuns que causam dores de cabeça estão a miopia, que é a dificuldade de enxergar de longe, a hipermetropia, dificuldade de enxergar de perto, e o astigmatismo, que deixa as imagens distorcidas, turvas ou borradas.

O oftalmologista alertou que a melhor maneira de prevenir ou tratar a cefaleia de origem oftalmológica é consultar regularmente um profissional especializado. Osowski também falou sobre outras doenças que afetam a visão e podem causar enxaqueca.

De acordo com especialistas, as crises de cefaleia ocular podem ser desencadeadas por vários motivos. Entre os principais pode se destacar o jejum por tempo prolongado, consumo excessivo de frituras, chocolates e outros alimentos gordurosos ou com muito açúcar. Além disso, outras doenças como alergia e intolerância alimentar podem contribuir para os episódios de dor de cabeça. As crises ainda vir acompanhadas de sintomas, como enjoo, estrabismo temporário, alteração no tamanho da pupila e sensibilidade à luz e ao som.