O monitoramento eletrônico em espaço preservado comprova que áreas protegidas são estratégicas para salvar espécies ameaçadas. Foi o que apontou o registro de mais de 4 mil animais feito durante 10 anos de monitoramento da fauna na Reserva Natural Salto Morato, em Guaraqueçaba, no Litoral do estado, área da Mata Atlântica mantida pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. O local abriga cerca de 12 espécies ameaçadas de extinção.

O levantamento feito por pesquisadores do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar reforça a importância de áreas protegidas como estratégia de conservação e preservação de habitats.

A porta-voz da Reserva Natural Salto Morato, Ginessa Lemos, explicou como funciona o monitoramento.

Entre os animais avistados na reserva estão onça-pintada, gato-mourisco, puma, que mostram que a área tem qualidade de conversação.

Ginessa Lemos contou como a área foi adquirida e a transformação pela qual passou.

Já foram catalogadas na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) 638 espécies de aves, mamíferos, répteis e anfíbios.

Outro fato que anima os estudiosos é o aumento de registro de animais adultos acompanhados por filhotes. Ao longo do monitoramento, a constatação de animais com suas crias, principalmente de espécies que estão no topo da cadeia alimentar, como os felinos, é um indicador positivo de conservação.

Segundo as pesquisas, isso mostra que áreas protegidas cumprem um papel fundamental na preservação de ambientes naturais, na manutenção do equilíbrio do ecossistema e na manutenção de populações da fauna local.


A Reserva Natural Salto Morato faz parte da Rede de Monitoramento de Mamíferos da Serra do Mar, que tem uma proposta de ação institucional e colaborativa para a conservação e o monitoramento de grandes mamíferos. Essas ações abrangem uma área de mais de 17.000 km2 de floresta que engloba um mosaico e grande corredor de áreas protegidas na Serra do Mar/Lagamar no Paraná e sul de São Paulo.