Um homem denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por homicídio triplamente qualificado pela morte da enteada em 2007, em Quatro Barras, foi condenado em júri a 21 anos de reclusão em regime fechado. O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (05), em Campina Grande do Sul, após ter sido adiado duas vezes no mês passado.

O promotor de Justiça Élder Teodorovicz, que atuou no julgamento, lembra que o caso ganhou repercussão nacional por conta da prisão, em maio, de outra ré, coautora do crime e mãe da vítima, após ficar foragida por 17 anos, após a história ser noticiada em um programa de televisão.

A vítima foi morta em 12 de fevereiro de 2007, deixando dois filhos, um menino e uma menina, de 5 anos e 9 meses na época. O crime teria sido praticado pelos dois denunciados justamente porque a avó queria a guarda do neto, que disputava com a filha em um processo judicial. Segundo a denúncia do MPPR, os acusados mataram a mulher na casa dela, após um almoço familiar. Ela foi enforcada com um fio elétrico e teve o corpo colocado embaixo de uma cama: o cadáver foi descoberto dois dias depois.

O Conselho de Sentença do Júri acolheu todas as qualificadoras sustentadas pelo Ministério Público em plenário: motivo fútil, meio cruel e meio que impossibilitou a defesa da vítima. Como já se encontrava preso preventivamente desde o ano passado, também após ficar muitos anos foragido, o denunciado – agora condenado – seguirá detido, para o cumprimento da sentença. Segundo o Ministério Público do Paraná, ele não terá o direito de recorrer em liberdade.

O caso foi julgado em Campina Grande do Sul, pois o Município de Quatro Barras, na época do crime, integrava a comarca.

*Com informações do MPPR