A Polícia Federal deflagrou duas operações na manhã desta terça-feira (18) que têm como alvos organizações criminosas transnacionais envolvidas em crimes de descaminho, lavagem de dinheiro, corrupção e tráfico internacional de armas e munições. A PF cumpre mandados em doze cidades de quatro estados. No Paraná, tem operação em Curitiba e mais quatro cidades da região metropolitana (Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Itaperuçu e Colombo). As operações cumprem mandados ainda em Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Campo Grande (MS).
A PF está nas ruas para duas ações que são independentes, comandadas pelas delegacias da Polícia Federal de Foz do Iguaçu e de Cascavel, com linhas de apuração distintas e alvos próprios, mas que têm as ordem judiciais cumpridas de modo simultâneo por razões logísticas e pela semelhança dos ilícitos investigados.
Via Cascavel: Operação Resgate Ilícito
Na Resgate Ilícito, o objetivo é desarticular uma organização envolvida no transporte e comercialização de produtos eletrônicos trazidos para o país de modo irregular, além da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
A apuração da PF de Cascavel identificou uma estrutura criminosa que utilizava empresas de fachada e veículos registrados em nome de terceiros para dar aparência de legalidade às operações ilícitas do bando. A investigação aponta ainda indícios do envolvimento de policiais, que agiam de modo a proteger interesses do grupo criminoso e facilitar a recuperação de cargas.
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As investigações tiveram início a partir de prisões realizadas em 2024 e 2025, quando foram apreendidas cargas ilícitas avaliadas em cerca de R$ 20 milhões, compostas por smartphones sem nota fiscal e cigarros eletrônicos, que têm comercialização proibida no Brasil.
Via Foz: Operação Escolta
A segunda operação, batizada de Escolta e comandada por Foz, cumpre cinco mandados de prisão preventiva, 35 de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão e também sequestro e bloqueio de bens e valores que totalizam cerca de R$ 57 milhões.
De acordo com as investigações, iniciadas no ano passado, se descobriu que o bando usava rotas fluviais clandestinas no rio Paraná e também motos com fundos falsos para fazer entrar smartphones irregularmente no país, pela Ponte da Amizade.
Já no país, os celulares eram armazenados em um hotel em Foz do Iguaçu, transferidos para casas em condomínios fechados, e posteriormente remetidos para Curitiba, Londrina e outros centros consumidores nacionais, em caminhões equipados com compartimentos ocultos. Também foi constatado que o grupo fazia uso de escoltas para garantir segurança no transporte dos produtos além do uso de bloqueadores de sinal.








