O Dia Mundial do Diabetes reforça a importância da prevenção e do tratamento adequado da doença crônica, que são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), a data visa conscientizar a população sobre as consequências e a alta mortalidade associada ao diabetes.
SAIBA MAIS
A endocrinologista Luiza Esteves, do Hospital São Marcelino Champagnat, disse que a data é uma oportunidade de conscientizar a população sobre a doença, seus riscos, forma de prevenção e tratamento.
Doença crônica e riscos
Segundo a Sesa, o Paraná segue diretrizes do Ministério da Saúde para oferecer tratamento para Diabetes Mellitus Tipos 1 e 2, especificamente os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.
A especialista falou sobre os sintomas que acometem as pessoas com diabetes.
O Diabetes Mellitus (DM), que não tem cura, é causado pela produção insuficiente ou pela resistência à insulina, hormônio que metaboliza a glicose em energia. A falha resulta em altas taxas de açúcar no sangue, hiperglicemia, de forma permanente, podendo levar a complicações graves no coração, artérias, olhos, rins e nervos.
O tratamento, essencial para evitar o agravamento, é ofertado na saúde pública, incluindo medicamentos e encaminhamento para especialistas, seguindo os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) nacionais.
Atendimentos e mortes no estado
A Atenção Primária à Saúde (APS), nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), é a porta de entrada para o tratamento. Os dados de atendimento no Paraná demonstram a dimensão do problema, pois, de janeiro a setembro deste ano, foram realizados 1.532.038 atendimentos individuais pelo SUS a pessoas com diabetes. Em todo o ano de 2024, foram registradas 4.266 mortes decorrentes da doença.
O tratamento inadequado, tanto para DM Tipo 1 quanto Tipo 2, pode levar à cegueira, amputação de membros e morte.
Luiza Esteves falou sobre o tratamento para os dois tipos da doença.
Perfil de risco e aumento de casos
Embora não haja um perfil único, a probabilidade de desenvolver DM Tipo 2 é maior em indivíduos com sobrepeso ou obesidade que apresentem fatores de risco, como histórico familiar, hipertensão, histórico de doença cardiovascular, ou níveis alterados de colesterol e triglicerídeos.
O DM Tipo 1 é autoimune, com diagnóstico mais frequente na infância e adolescência.
Dados da Vigilância de Fatores de Risco (Vigitel Brasil) apontam um aumento significativo no diagnóstico médico de diabetes no país, como, por exemplo, a taxa de adultos que relataram ter diabetes subiu de 5,5% em 2006 para 10,2% em 2023. O maior aumento foi observado na faixa etária de adultos com 65 anos ou mais, que passou de 18,9% para 30,3% no mesmo período.








