“O sono é um processo ativo. É durante ele que consolidamos a memória, equilibramos hormônios e restauramos o corpo. Dormir bem é cuidar da saúde como um todo.” A afirmação é da médica otorrinolaringologista Carla Zonta, especialista em Medicina do Sono do Hospital INC (Instituto de Neurologia e Cardiologia de Curitiba), em entrevista à CBN Curitiba nesta quinta-feira (30). Ela comenta a aprovação, pela Anvisa, do primeiro medicamento indicado para tratar a apneia obstrutiva do sono em adultos com obesidade, o Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida.
A droga, já utilizada para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, passa a ser uma alternativa no combate à apneia, doença que afeta cerca de 33% da população adulta e que está associada a complicações como AVC, hipertensão e até demências.
Benefícios do medicamento
Segundo médica, o Mounjaro não age diretamente sobre a apneia, mas contribui para a perda de peso e a redução da inflamação na região da garganta, o que melhora as pausas respiratórias durante o sono.
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O medicamento é indicado apenas para pacientes com apneia moderada ou grave e índice de massa corporal (IMC) acima de 30, diagnóstico confirmado por meio do exame de polissonografia.
Diagnóstico
O diagnóstico da apneia é feito pelo exame de polissonografia, que avalia pausas respiratórias, oxigenação e qualidade do sono. O Hospital INC realiza o exame tanto em laboratório quanto na modalidade domiciliar, com equipamentos que monitoram o paciente durante a noite.
Entre os principais sinais de alerta estão o ronco frequente, sensação de engasgo noturno, sonolência diurna, cansaço excessivo e sono não reparador.








