Pelo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) publicado pela ONU, o Brasil é um país subdesenvolvido, com graves carências sociais.

Até a Revolução Industrial (1750-1830), a sobrevivência humana era retirada da terra e dos recursos naturais, e os livros explicavam a produção de bens e serviços a partir da contribuição da natureza. O crescimento do produto nacional vinha do crescimento da população.

Após o surgimento do motor a vapor, do trem de ferro e das máquinas industriais, os estudiosos começaram a examinar a contribuição dos bens de capital físico na produção geral do país e na produção por hora do trabalho, a produtividade.

Entre os anos 1860 a 1900, surgiram inovações como o motor a combustão interna, a indústria do petróleo e a eletricidade. Isso fez a produtividade explodir e gerou o crescimento econômico dos países que adotaram as novas tecnologias e o novo modo de produção.

Foi por volta da metade dos anos 1800 que surgiu o conceito de subdesenvolvimento, para identificar as nações que queriam ter o novo padrão de consumo, não conseguiam assimilar o novo modo de produção e tinham padrão de bem-estar bem abaixo das nações adiantadas.

Com o prosseguimento do progresso da ciência e da tecnologia a partir dos anos 1900, o processo produtivo começou a demandar trabalhadores mais qualificados, e foi necessário aumentar a educação básica e a educação profissional.

Nos anos 1950, estudos sobre a contribuição da educação para o aumento da produtividade e para o crescimento econômico revelaram que a educação passou a contribuir mais para a produtividade do que os recursos materiais.

De lá para cá, todos os países que se desenvolveram e desfrutam de elevado padrão de vida investiram pesadamente na educação básica, em primeiro lugar, e na educação profissional superior, na sequência.

Dos 193 países filiados à ONU, apenas 35 deles são considerados desenvolvidos, de modo que o grande desafio da humanidade continua sendo como superar o atraso, crescer e conquistar melhor padrão de vida para a grande massa de pobres, que são a maioria da população mundial. Pense nisso!

José Pio Martins, economista, professor, palestrante e consultor de economia, finanças e investimentos.

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