A Polícia Civil do Paraná (PCPR) ainda faz buscas para localizar o pai das adolescentes, de 13 e 16 anos, que eram obrigadas a produzir conteúdos pornográficos. A madrasta das meninas e uma outra mulher foram presas, na última quinta-feira (21), por coação, divulgação e armazenamento de pornografia infantil, de acordo com a investigação.
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Segundo conversas divulgadas pelo Portal G1, as adolescentes eram ameaçadas, pelo pai e pela madrasta, e forçadas a produzir até dez vídeos e dez fotos pornográficas por dia. Todo o conteúdo deveria ser entregue até as 22h. Para conseguir os vídeos, o casal ameaçava divulgar fotos e vídeos pornográficos das meninas.
Nas mensagens, as ameaças tinham um tom de seita, como no seguinte trecho: “Por favor, não hesite em errar de novo, ou novamente para que apaguem-se todas as suas oportunidades, ok? Seja esperta e não faça por errar para que tenhas que ser punida sem chance de volta. Você tem apenas uma hora a partir de agora para concluir seu acordo diário, ok? Não perca tempo e mais esta oportunidade de redenção”.
Em outra mensagem, a cobrança pela quantidade de material: “10 fotos e 10 vídeos diários, você esqueceu, mandou apenas 2 vídeos e já sinalizaram aqui que estão fracos os arquivos e não apenas um ou dois, ok”.
A investigação foi iniciada em fevereiro deste ano, assim que a mãe das vítimas fez a denúncia, como explicou o responsável pelo caso, delegado Gabriel Fontana.
Gabriel Fontana disse que, no momento, os policiais tentam localizar o pai, que está foragido, e também identificar outras vítimas e demais pessoas envolvidas.
Os investigados respondem pelos crimes de coação para gravação de conteúdo que contem sexo explícito com criança e adolescente, pela divulgação e pelo armazenamento de todo esse material, além de associação criminosa e ameaça.








