A Polícia Civil do Paraná deflagrou, na manhã desta quarta-feira (13), a terceira fase de uma operação contra um grupo suspeito de aplicar o chamado golpe do falso consórcio em nove estados do Brasil. Ao todo, 12 pessoas foram presas.

Foram cumpridos 45 mandados judiciais em nove estados, incluindo 12 de prisão e 33 de busca e apreensão. O esquema teria movimentado cerca de R$ 500 milhões em transações suspeitas.


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As ações ocorrem simultaneamente no Amazonas, Pará, Alagoas, Ceará, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, com apoio das polícias civis locais. O objetivo desta etapa é atingir o braço financeiro da organização criminosa.

A investigação começou em janeiro de 2023, quando quatro pessoas foram presas em flagrante e outras 15 levadas para depor, em Curitiba. O delegado Thiago Dantas falou sobre como o grupo agia.

Segundo as apurações, o grupo atraía vítimas por meio de anúncios em redes sociais, oferecendo a compra facilitada de imóveis e veículos. Após fechar o contrato e receber os pagamentos, os bens nunca eram entregues.

Como funcionava o esquema

O golpe também envolvia call centers clandestinos, nos quais funcionários treinados seguiam metas de captação de clientes e recebiam comissão de cerca de 1% sobre cada transação.

As operações eram sustentadas por empresas de fachada e grupos de mensagens, e se espalhavam por diversos estados. Quando a atuação em uma região ficava arriscada, os integrantes encerravam as atividades e desapareciam.

Em março deste ano, a segunda fase da operação prendeu cinco pessoas no Amazonas e em Tocantins. Na ocasião, a polícia identificou um homem e uma mulher como líderes do esquema. O caso segue em investigação.

Hoje, as ordens judiciais estão sendo cumpridas nas seguintes cidades de Manaus (AM); Belém, Santarém e Ananindeua (PA); Maceió e Marechal Deodoro (AL); Itabaiana, Lagarto e Aracaju (SE); Salvador (BA); Fortaleza e Eusébio (CE); Belo Horizonte (MG); São Paulo, Diadema e Campinas (SP); e Florianópolis (SC).