Dhonny de Assis, filho do humorista que confessou ter matado a miss Raíssa Suellen, saiu da prisão nesta sexta-feira (19), após fim do prazo de sua prisão temporário.

Segundo a defesa do suspeito, Dhonny já se encontra em casa. Ele deve ser monitorado por tornozeleira eletrônica, conforme pedido do Ministério Público do Paraná.

Dhonny foi denunciado por participação na morte da miss Raíssa Suellen, juntamente com o pai, Marcelo Alves do Santos, que confessou o crime e segue preso.

Por meio de nota, o advogado de Dhonny, Caio Percival, defendeu a liberação do denunciado. Segundo a defesa, Dhonny é “primário e tem bons antecedentes” e colaborou com as investigações, inclusive confessando ter auxiliado na ocultação de cadáver.


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Pedido do Ministério Público

Além do monitoramento por tornozeleira, o MP pede para que Dhonny fique proibido “de qualquer tipo de contato e aproximação com familiares da vítima e testemunhas deste processo”; seja obrigado a “comparecer mensalmente ao fórum para informar endereço e atividades” e fique proibido de se ausentar da Comarca de Curitiba “sem autorização prévia do Poder Judiciário”.

Para esse pedido, o Ministério Público avaliou que “apesar do elevado grau de abalo à ordem pública pela conduta do acusado”, haveria possibilidade de aplicar essas outras medidas cautelares considerando que, para o denunciado, não haveria “ há indicativos que ostente antecedentes criminais” e que na decisão “ deve haver proporcionalidade entre a prisão preventiva e as sanções penais correspondentes aos delitos a ele imputados”.

O MP também afirmou que “há meios menos gravosos de acautelamento em relação à prisão, os quais, a princípio mostram-se adequados e, por enquanto, suficientes”.

O que diz a defesa da família de Raíssa

Por meio de nota, o advogado da família de Raíssa, Leonardo Mestre, disse que a medida é prematura e “ignora a gravidade dos atos já apurados e o risco concreto de novos entraves à busca por justiça”

Confira a nota na íntegra

“Diante das evidências já comprovadas de fraude processual, bem como das reiteradas tentativas de interferência nas investigações, a família da vítima recebe com extrema preocupação a decisão de concessão de liberdade, ainda que monitorada, ao acusado.

Trata-se de medida prematura, que ignora a gravidade dos atos já apurados e o risco concreto de novos entraves à busca por justiça. A família confia que o Poder Judiciário, ao revisar os autos, possa reavaliar os desdobramentos dessa decisão, preservando a integridade do processo e a memória da vítima”.