Cada nova bicicleta nas ruas de Curitiba substitui, em média, até 52 passagens de ônibus por mês, segundo estudo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). A pesquisa identificou uma correlação direta entre o aumento do uso de bicicletas e fatores como o reajuste da tarifa do transporte coletivo e o aumento no preço dos combustíveis.

Pressão sobre transporte coletivo e impacto ambiental

O estudo aponta que o passageiro que migra do ônibus para a bicicleta tende a não voltar, salvo em condições climáticas adversas. Com a expansão das ciclovias e o incentivo público ao modal, a bicicleta passou a competir diretamente com o transporte público, afetando sua receita e sustentabilidade. A pesquisa também contribui para o debate sobre redução de emissões de gases de efeito estufa, já que o transporte responde por 16% do total no Brasil.


SAIBA MAIS


Sobre esse assunto, Felipe Harmata conversou com o pesquisador Luis André Fumagalli, pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR, um dos autores do estudo publicado internacionalmente, para entender os impactos dessa transição modal na capital paranaense e o que ela revela sobre o futuro da mobilidade urbana.