O advogado de defesa do casal que cuidava de crianças, Junior Ribeiro, e o advogado que representa a família da criança que morreu em uma creche clandestina, Igor Ogar, divergiram em relação à responsabilização dos suspeitos pelo crime. A criança de quatro meses morreu na segunda-feira (19), no bairro Tatuquara, em Curitiba, após se engasgar enquanto estava sob os cuidados de uma mulher que cuidava de várias crianças na região.
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Segundo Junior Ribeiro, o que aconteceu foi uma fatalidade e ressaltou que a cuidadora atuava há mais de dez anos no bairro.
Já o advogado Igor Ogar disse, em entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (20), que os responsáveis pela creche clandestina devem responder por homicídio com dolo eventual e não na modalidade culposa, como indiciou, a princípio, o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso.
Isabela Cunha Ferreira, mãe do pequeno Gael, falou que tentou uma vaga nas creches da prefeitura de Curitiba, mas como não conseguiu, optou por deixá-lo na creche do bairro, pois precisava voltar a trabalhar.
Fabiano Oliveira, delegado da Polícia Civil, que investiga o caso, disse o motivo pelo qual tipificou o crime como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Sobre essa situação, a prefeitura de Curitiba emitiu nota na qual lamentou a morte do bebê de quatro meses e informou que colabora com as investigações da Polícia Civil para que o caso seja esclarecido o mais rápido possível.
Conforme a prefeitura, na segunda-feira (19), os professores estavam em atividades pedagógicas durante o período da manhã, prevista no calendário escolar para todo o sistema municipal de ensino.
Ainda segundo a nota, a Vigilância Sanitária esteve no local onde funciona a creche irregular em 2022, em uma ação educativa e de orientação, mas não havia nenhuma criança no local no momento da abordagem e, que após essa data, não houve nenhuma denúncia referente ao local.
Conforme o delegado, todo comércio ou prestador de serviços precisa estar regularizado junto aos órgãos municipais, que nesse caso incluem Secretaria da Educação, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária, mas o local não possuía essas licenças. Fabiano Oliveira fez algumas orientações aos pais.
O casal responsável pelo local foi preso em flagrante. No entanto, a Justiça concedeu a soltura de ambos e, por enquanto, respondem ao processo em liberdade.
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