No 14 de abril é comemorado o Dia Mundial do Café, mas brindar com a bebida anda caro. Em Curitiba, o item foi o segundo que mais subiu de preço na cesta básica entre os meses de fevereiro e março, com alta de 13,28% de acordo com pesquisa do Dieese. Nos supermercados, o quilo sai por cerca de R$ 60 atualmente.

Dados da inflação de março apontam o produto como um os vilões de mês, conforme destaca o professor de Economia e Finanças do curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário, Luis Antonik.

Figurinha fácil no dia a dia do brasileiro (presente no café da manhã, nos intervalos do trabalho, como ritual cotidiano depois do almoço), substituí-lo não é tarefa da mais simples. Para o próprio professor, o café entra na mesma categoria da dupla arroz-com-feijão: você até troca, mas presta?

Olhando para os motivos da alta no preço do café, o professor das Ciências Econômicas da FAE aponta uma série de fatores, com destaque para um aumento geral na demanda que ocorreu em paralelo a safras encolhidas nos maiores produtores globais como resultado de eventos climáticos.

Cabe apontar que o momento atual é de entressafra, com colheita concentrada entre os meses de maio e junho. Com isso, a expectativa é de mercado bem abastecido, com equilíbrio entre oferta e demanda (e preços consequentemente mais módicos) em julho. Apesar disso, a alta do dólar pode ser má notícia para os bebedores de café, já que as condições do câmbio tendem a incentivar exportações.

O cafezinho de todo o dia sofre ainda com aumentos nos custos de produção e logística, impactados pelas guerras mundo afora, que dificultaram e acesso a fertilizantes e contêineres e pelo encarecimento da energia.