Pelo segundo ano consecutivo, o Paraná é o Estado com a maior taxa de doações de órgãos do Brasil, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (10) pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Com 42,3 doadores por milhão de população (pmp) em 2024, o índice paranaense é mais que o dobro da média nacional, de 19,2 pmp. O Estado também lidera em doações efetivas — aquelas cujos órgãos foram de fato transplantados — com 36 pmp, enquanto a média brasileira é de 17,5 pmp.

No Paraná, 500 doadores efetivos possibilitaram 903 transplantes de órgãos e 1.248 transplantes de córneas ao longo de 2024. O Estado também é destaque nos transplantes realizados com doadores vivos e falecidos, com uma taxa de 76,4 pmp, ficando em segundo lugar nacional, atrás apenas do Distrito Federal.

Segundo o secretário de Saúde, Beto Preto, além dos números expressivos, o que chama atenção é o engajamento das famílias paranaenses. O Paraná tem a menor taxa de recusa familiar à doação de órgãos do País: apenas 28%, frente a uma média nacional de 46%.

Os dados do Registro Brasileiro de Transplantes revelam ainda que o Paraná realizou 1.248 transplantes de córneas, 550 de rins (52 com doadores vivos e 498 com doadores falecidos), 304 de fígado, seis de pâncreas, 43 de coração e 410 transplantes de medula óssea – esse último número coloca o Estado em segundo lugar no país, atrás apenas de São Paulo.

Nos indicadores por órgão, o Paraná também é o segundo Estado em transplantes de rim pmp (46,5), o terceiro em fígado (25,7) e o quarto em coração (3,6). Entre crianças e adolescentes, o Estado ocupa o segundo lugar em transplantes de coração (2,4 pmp), terceiro em fígado (6,1 pmp) e quinto em rim (5,2 pmp).