A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Paraná manteve trajetória de queda em março, refletindo a cautela dos consumidores diante do cenário econômico desafiador. O índice, calculado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), atingiu 92,3 pontos, uma desaceleração de 2,5% em relação a fevereiro. No comparativo anual, a queda foi ainda mais expressiva, chegando a 10,4%.
O movimento paranaense acompanha a tendência nacional, que também registra declínio nos últimos seis meses. Em março, o ICF do Brasil caiu 1% na comparação com fevereiro.
Entre os fatores que mais influenciaram a retração do consumo no estado, a Perspectiva de Consumo foi o mais impactante, atingindo apenas 59,4 pontos – bem abaixo do patamar considerado positivo (100 pontos) – e apresentando uma queda mensal de 7,8%. Em relação a março de 2024, a redução foi ainda mais acentuada, chegando a 39,5%. Além disso, o momento atual não é considerado favorável para a compra de bens duráveis, com esse subindicador marcando 59,9 pontos, uma retração de 5,3% no mês.
Outros componentes do índice também apresentaram queda em março: o Nível de Consumo Atual recuou 4,5%, enquanto o Acesso ao Crédito registrou retração de 3,8%. O pessimismo também impactou a percepção sobre o mercado de trabalho e a renda, com quedas de 2,1% no Emprego Atual e de 0,3% na Renda Atual. A única exceção positiva foi a Perspectiva Profissional, que subiu 2,2% no mês e 7,5% no ano, indicando que os paranaenses ainda acreditam em possíveis melhorias salariais nos próximos meses.
As famílias de menor renda foram as que mais sentiram a retração no consumo. Nessa faixa, o ICF ficou em 91,5 pontos, com queda de 2,6% no mês. O pessimismo foi puxado, principalmente, pela Perspectiva de Consumo (-7,4%) e pelo Nível de Consumo Atual (-5,7%). A percepção negativa sobre o momento para a compra de bens duráveis também se destacou, com retração de 5,2%.
Entre as famílias de maior renda, o ICF registrou 96,1 pontos, uma variação negativa de 2% em relação a fevereiro. Nesse grupo, o recuo mais expressivo foi na Perspectiva de Consumo (-10,0%), seguido da percepção negativa para compra de bens duráveis (-5,9%) e da maior dificuldade de acesso ao crédito (-5,5%).
Com informações da assessoria de imprensa








