A Urbanização de Curitiba (Urbs) esperar identificar as causas do acidente com ônibus que perdeu os freios e causou uma morte dentro de 45 dias. As investigações são conduzidas pela Polícia Civil, mas também contam com uma comissão especial aberta pela Urbs, como detalhou o presidente do órgão, Ogeny Pedro Maia Neto.

Até o momento, a Polícia Civil confirmou que o ônibus havia passado por uma manutenção no mesmo dia do acidente. A Urbs chegou a confirmar que o veículo estava com a manutenção em dia, mas questionamentos surgiram também com relação ao tempo de circulação no ônibus, que era de mais de dez anos.

Segundo o presidente, os contratos consideram dez anos de vida útil para os ônibus porque é o prazo de remuneração às empresas. Após isso, se mantiverem o mesmo veículo, a remuneração não ocorre. Isso não impede, porém, a continuidade de operação do ônibus se for garantida a manutenção periódica, segundo o presidente.

Também segundo ele, quando ocorrem problemas mecânicos que possam trazer riscos, é exigido que o veículo passe pelo conserto e uma nova inspeção para averiguar a possibilidade de retornar a operação.

Com relação a investigação por parte da Polícia Civil, os dois motoristas que dirigiram o veículo no dia do acidente já foram ouvidos, assim como o mecânico que havia mexido no ônibus.

A expectativa é de que mais testemunhas sejam ouvidas, segundo a Polícia Civil.

A empresa responsável pelo ônibus, Expresso Azul, também deve auxiliar nas investigações. Por meio de nota, a empresa disse que “designou um perito especializado para dar início às investigações e colaborar com as autoridades competentes na apuração das causas deste incidente. A empresa reafirma seu compromisso com a segurança e a transparência em todos os seus serviços. Neste momento, a prioridade da Expresso Azul é garantir o atendimento às vítimas e prestar a elas o apoio necessário”.