Pelo segundo mês consecutivo, a cesta básica teve alta em todas as cidades pesquisadas pelo Dieese no mês de novembro, entre elas Curitiba. Na capital paranaense, a alimentação básica ficou 1,76% mais cara na comparação com o valor registrado em outubro.

O curitibano pagou R$ 739,40 pela cesta básica em novembro. Foi a sétima mais alta dentre as 17 cidades que constam da pesquisa nacional realizada pelo Dieese. À frente de Curitiba, com as cestas mais caras do país, aparecem São Paulo (R$ 828,39), Florianópolis (R$ 799,62), Porto Alegre (R$ 780,71), Rio de Janeiro (R$ 777,66), Campo Grande (R$ 772,45) e Brasília (R$ 742,25).

O custo da alimentação básica na cidade foi puxado especialmente pelo óleo de soja, que subiu 11,79%, e a batata, 8,46%. Outros itens da cesta básica que tiveram aumento nos preços no período foram a carne bovina de primeira (4,93%), a farinha de trigo (4,67%), a banana (3,13%), o café (1,53%) e o leite integral (0,47%).

Dentre os itens que seguraram a alta do preço final da cesta básica curitibana merece destaque o tomate, que ficou 12,13% mais barato em novembro. Também registraram quedas de preço o arroz parboilizado (-3,25%), o feijão preto (-1,15%), a manteiga (-1,07%) e o açúcar refinado (-0,45%). Já o preço médio do pão francês ficou estável na cidade.

Sandro Silva, economista do Dieese, destaca que depois de uma trégua em 2023, a cesta voltou a pressionar o orçamento das famílias nos meses mais recentes.

Mesmo com as altas, o economista frisa que a alta na cidade foi das menores registrada na pesquisa.

Os dados divulgados pelo Dieese nesta quinta-feira (5) apontam que o curitibano remunerado com um salário mínimo precisou trabalhar 115 horas e 12 minutos para pagar pela alimentação básica.

No ano, o cenário na capital paranaense é de alta de 6,05% no preço da cesta básica e a variação encontrada para os últimos 12 meses, desde novembro de 2023, soma 8,19%.

Por Cristina Seciuk