A Justiça no Paraná aceitou a denúncia do Ministério Público contra o técnico de enfermagem suspeito de abusar sexualmente de pacientes em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba. O profissional, de 25 anos, foi preso em 30 de outubro.
Ele foi denunciado por um ex-companheiro que teria identificado vídeos dos abusos no celular do técnico de enfermagem. Em um dos vídeos, o acusado abusa sexualmente de um paciente deitado em uma maca hospitalar, segundo a Polícia Civil.
Na casa do autor, foram apreendidas medicações que costumam provocar efeitos sedativos. Segundo as investigações, o técnico havia subtraído os medicamentos dos locais em que trabalhava. Por conta disso, ele foi autuado em flagrante por furto.
O celular do profissional de saúde também foi apreendido para realização de perícia. No dia 8 de novembro, a Promotoria de Justiça havia denunciado o profissional por ao menos cinco crimes. O caso foi apurado pelo Núcleo de Apoio à Vítima de Estupro (Naves) do Ministério Público.
O acusado deve responder por estupro de vulnerável, registro e compartilhamento não autorizado de intimidade sexual, produção de conteúdo pornográfico envolvendo criança, armazenamento de conteúdo pornográfico infantil e lesão corporal de natureza grave pela transmissão de doença incurável (HIV).
Os abusos teriam sido cometidos entre novembro de 2023 e outubro deste ano. O técnico de enfermagem teria abusado de ao menos seis vítimas. Uma delas já teria falecido. Outra vítima tinha apenas quatro anos. Nesse caso, ela teria sido filmada.
O Ministério Público informou que os crimes cometidos pelo profissional têm como agravantes para aumento de pena os fatos de as ações terem sido realizadas em função do cargo que ele ocupava e de as vítimas estarem hospitalizadas.
O homem segue preso e foi demitido dos locais onde trabalhava. A Secretaria Municipal de Saúde condenou os atos cometidos pelo técnico em enfermagem e disse que presta o apoio necessário às vítimas. As pessoas que sofreram abuso passam, inclusive, por um protocolo de profilaxia por conta do risco de contágio de HIV.








