O atraso do início da operação de repatriação de brasileiros no Líbano aumentou a expectativa de familiares em Foz do Iguaçu, no interior do Paraná. Cerca de 50 famílias da cidade devem receber as pessoas que virão no primeiro grupo de resgate organizado pelo Ministério das Relações Exteriores.
O município conta com a segunda maior comunidade libanesa do país, atrás apenas de São Paulo. O primeiro voo, que trará 220 pessoas, precisou ter a decolagem adiada por conta de bombardeios realizados na região do Aeroporto de Beirute, na capital do Líbano. O resgate estava previsto para sexta-feira (4).
Cerca de 3 mil pessoas procuraram a Embaixada do Brasil em Beirute para solicitar a repatriação. O jornalista e analista político Ali Farhat, que é libanês e acompanha a situação dos parentes na cidade paranaense, falou sobre a escalada da violência no país do Oriente Médio.
O Líbano tem sido alvo de ataques de Israel, país vizinho que tenta combater o grupo extremista Hezbollah. Em duas semanas, quase 2 mil pessoas morreram nos bombardeios israelenses. O Brasil espera repatriar cerca de 500 pessoas por semana. O atraso do primeiro voo aumentou a preocupação dos familiares.
No Líbano, residem cerca de 21 mil brasileiros. A chegada dos repatriados estava prevista para o sábado (5), data em que a decolagem deverá acontecer por conta do adiamento da operação de resgate. O Ministério das Relações Exteriores informou a necessidade de reforçar a segurança dos comboios que transportarão os repatriados até o aeroporto.
Ao menos dois brasileiros foram mortos em bombardeios israelenses no Líbano. Um deles foi um adolescente de 15 anos, natural de Foz do Iguaçu, que morreu com o pai em uma cidade a cerca de 30 quilômetros da capital, na fábrica da família. A outra vítima foi uma jovem de 16 anos, natural de Balneário Camboriú, cidade de Santa Catarina.








