Em quatro anos, o Ambulatório de Próteses Faciais Reconstrutivas do Hospital de Reabilitação, em Curitiba, disponibilizou 127 peças de próteses faciais para pacientes que sofreram algum tipo de trauma no rosto. As pessoas atendidas são pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O centro integra o Complexo Hospitalar do Trabalhador, localizado na capital paranaense, e é mantido pela Secretaria de Estado de Saúde do Paraná. As peças são encaminhadas para pessoas que precisam de próteses dos tipos auricular, nasal, óculo-palpebral, oculares, obturadoras de palato e para o maxilar.

Desde 2020, foram confeccionadas e entregues 72 próteses oculares, 23 obturadoras, 10 nasais, oito auriculares, sete faciais, seis maxilares e uma intraoral. As próteses ajudam na reabilitação de pessoas que tiveram grandes traumas que prejudicaram mastigação, fala e até mesmo a respiração.

O atendimento é multiprofissional e conta com cirurgiões-dentistas, protesistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, cirurgiões-plásticos reparadores e oftalmologistas. O diretor-geral do Hospital do Trabalhador, Guilherme Graziani, falou sobre a importância da iniciativa.

Toda semana, às quintas-feiras, cirurgiãs-dentistas realizam o atendimento de pacientes que precisam passar pela implementação das próteses. O serviço atua da triagem até a criação e manutenção das peças. A cirurgiã-dentista Roberta Zanicotti contou como funciona esse processo.

A Helena Machado tem 71 anos e é moradora de Mallet, na região Centro-Sul do Paraná. Ela perdeu o olho direito em 2019 devido a um tumor e foi um dos primeiros pacientes a serem atendidos no ambulatório do Hospital de Reabilitação. A paciente apontou como a prótese foi importante para ela.

Após a triagem, é realizado o processo de produção das próteses. A etapa inclui a digitalização e modelagem das peças no computador. O molde é impresso em ácido poliático com a utilização de impressoras 3D e a finalização, com a moldagem em silicone, é realizada de maneira manual pelos profissionais.

Os protótipos e moldes da face são produzidos por meio de imagens de tomografias computadorizadas e os modelos são impressos com tecnologia 3D, produzidos por pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), envolvendo os cursos de Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Design e Odontologia.

As pessoas que precisam de reabilitação com próteses faciais, oculares e para perdas dos maxilares são encaminhadas pelo SUS para o hospital. Em caso de dúvidas sobre como funciona o procedimento, é possível entrar em contato com a unidade de saúde no telefone (41) 3281-2600.

*Com informações da AEN