A Polícia Civil procura pelo responsável por maus-tratos a pelo menos 32 galos que foram resgatados nesta quinta-feira (27) em Curitiba. Os animais seriam utilizados para rinhas, o que é considerado crime. A ação foi realizada após uma denúncia anônima efetuada pela Central 156, da prefeitura.

As aves foram resgatadas em uma ação conjunta realizada por fiscais da Rede de Proteção Animal da prefeitura da capital, por policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil e por guardas municipais da Patrulha de Proteção Animal (PPA). Na denúncia, foram enviadas fotos das gaiolas e viveiros onde os animais estavam. O delegado Guilherme Dias falou sobre a ocorrência.

A operação aconteceu em um imóvel localizado no bairro Sítio Cercado. No instante da ação, não havia pessoas na residência. Os animais resgatados receberam microchips eletrônicos para identificação e serão encaminhados para adoção em chácaras e fazendas. Quatro galos, que estavam machucados, precisaram de cuidados e ficarão com a equipe da Rede de Proteção Animal. O diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna da prefeitura de Curitiba, Edson Evaristo, disse que casos do tipo não são comuns.

A pessoa responsável pela criação dos galos deve ser detida para a elaboração de um termo circunstanciado, que é um registro de ocorrência sobre uma determinada infração, com penas que podem chegar a até dois anos. As aves tinham esporas amputadas e bicos serrados para que pedaços de metal fossem inseridos no local, com o objetivo de tornar os animais mais ofensivos. O profissional da prefeitura ressaltou que a Central 156 pode ser utilizada para denúncia.

Nos fundos do imóvel, foram localizadas gaiolas que poderiam acondicionar mais de 100 galos. Além do termo circunstanciado, o responsável pelas aves poderá ser multado em R$ 64 mil, com base na lei municipal de combate aos maus-tratos de animais. Materiais utilizados nos treinamentos das aves também foram apreendidos, além de seringas para injetar anabolizantes e medicamentos.