R$ 6,49, esse foi o preço que surpreendeu muitos motoristas que pararam em postos de combustíveis da capital paranaense para abastecer. Em alguns estabelecimentos o valor girava em torno de R$ 6,19 até o início dessa semana.

O primeiro reajuste nos preços, em 2022, foi anunciado pela Petrobrás no dia 11 de janeiro, mas os reflexos ainda são sentidos até hoje.

O motorista de aplicativo, Jeferson Teixeira, disse que está cada dia mais difícil trabalhar com os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis e comentou que pretende mudar para o Gás Natural Veicular (GNV), mas já notou que houve aumento no preço do metro cúbico em apenas um dia.

Outro motorista de aplicativo reforçou a percepção do colega de profissão, John Lucas disse que está cada vez mais difícil trabalhar nesse ramo, já que a maior parte do lucro acaba ficando no posto de combustível.

Pensar duas vezes antes de pegar o carro para sair de casa, essa é a rotina da empresária Mara Luciana. Ela disse que, mesmo controlando, chega a gastar até R$ 600 por mês com combustível.

Já o advogado Robson Maranhão disse que o preço da gasolina alterna bastante e que a população não entende o preço cobrado pela Petrobrás, já que a gasolina sai da refinaria por menos de três reais.

A economista e professora do curso de Economia da Universidade Positivo, Leide Albergoni, explicou que alguns fatores impactam o preço dos combustíveis.

Durante 2021, com todos os aumentos a gasolina subiu mais de 73% nas refinarias, conforme a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). E segundo especialista, 2022 também será um ano com preço elevado de combustíveis devido à variação do dólar e a alta cotação do petróleo no mercado internacional. Hoje, no Brasil, o barril com 159 litros custa cerca de R$472 e com tendência de alta.