Após o anúncio de aumento do preço da passagem de ônibus de Curitiba fica o questionamento. Será que a passagem das linhas Região Metropolitana também? Confira na reportagem.

De acordo com a Associação dos Assuntos Metropolitanos (AMEP), antiga Comec, não há previsão de reajuste nas tarifas das linhas que compõem o transporte metropolitano. Os valores atuais foram reajustados no início do ano passado.

Mas, há um movimento contrário em algumas cidades. Quatro Barras mantém a gratuidade há quase um ano. Por lá a parceria é com a AMEP. Até dezembro do ano passado, o programa contava com subsídio por parte do Estado, de cerca de 25%, o equivalente a R$ 68 mil (mensais). Desde o mês de janeiro de 2023, o Estado deixou de subsidiar o programa. A partir de então, segundo o Prefeito, Loreno Tolardo, Quatro Barras arca com os custos integrais do transporte gratuito, cerca de R$ 283 mil por mês.

A Prefeitura deve, já em breve, abrir licitação para contratação do serviço de transporte municipal, mantendo a gratuidade aos usuários. No último quadrimestre, foram registrados, nas 5 linhas disponíveis na cidade, quase 293 mil passageiros/trecho e mais de 142 mil km rodados.

Em Araucária, por exemplo, há um estudo para reduzir a tarifa de 1,50 para 1,25.

Se há essa possibilidade em algumas cidades da região, por que não em Curitiba? Hugo Alexander Martins Pereira, especialista em Gestão e Planejamento de Trânsito, mestre em Engenharia de Transportes e professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Positivo (UP), lembra que Araucária foca também no aumento da circulação das pessoas pela cidade.

No caso de Curitiba, a cidade está no teto do subsídio. O custo é alto e ainda não há uma recuperação do número de usuários. Por isso a tarifa é mais cara.

Outro ponto que deve ser discutido, segundo o especialista, é a participação do governo federal nas soluções para as altas tarifas.

Diálogo entre governos e sociedade é um dos caminhos para um acordo sobre as tarifas do transporte coletivo.

Em Curitiba, a passagem aumentou R$ 0,50 nesta quarta-feira (1º). Está em R$ 6,00, Segundo a Urbs, o aumento leva em consideração a variação de custos do transporte coletivo e equivale a 9%. A Urbs destacou ainda que o reajuste ficou abaixo do aumento dos custos do transporte, que acumulam alta de 13,3%.